24.2.11

Regresso. Avesso.

Estava por perto e decidi entrar. Algo me puxara àquele ambiente estranho tão conhecido. Na breve caminhada, um misto de nostalgia e indiferença, como se fosse possível a coexistência pacífica entre elas. Tentei compor um clipe mental de lembranças boas, mas não ficou muito convincente. E não sei explicar por que; há incontáveis lembranças boas escondidas naqueles caminhos.

Procurei um rosto familiar. E encontrei, mas não me senti tão bem recebida, apesar de um tímido “Bom te ver”. Desisti dos rostos alheios e olhei o meu, num mesmo espelho em que costumava me olhar. Busquei diferenças marcantes entre o rosto de agora e o de tempos atrás. Em vão; aos meus olhos acostumados, pareço a mesma. Mas não sou, nem poderia ser. Espelhos não refletem o que mais muda dos quase vinte aos quase trinta. Espelhos não refletem o avesso.

2 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

Consigo ouvir tua voz enquanto leio teus textos...

05:44  
Anonymous André disse...

As vezes você me assusta! Parece que da sentido para alguns pensamentos confusos....,mas ocorridos, que desisti de tentar traduzir.Lindo!

15:24  

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial