30.9.11

A dor de hoje

Nem falo dos que foram diretamente atingidos e possuem marcas visíveis. Mas de todos os outros, os que vieram depois. Como eu. Quem nasceu pós golpe de 64 já veio ao mundo com uma ferida por dentro, pronta pra doer a cada estímulo, a cada história sobre a ditadura militar.

Os anos de chumbo são só um exemplo, são tantas cicatrizes que somos remendo. Nas veias de um povo corre o sangue jorrado por seus antecessores. São marcas feitas pra doer, pra ninguém esquecer. Procure um médico quem nunca sentiu pulsar esse tipo de dor. A dor da escravidão, a dor da tortura, a dor de cada massacre e de cada horror.

* Depois de ver o filme Hoje, de Tata Amaral, no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.

1 Comentários:

Blogger Mauro Aniceto disse...

Cara amiga, a dor de hoje e a dor de ontem, será que elas tem que ser a dor de amanhã? Fazer ecoar pelos becos, ruas, bairros, cidade, estado, região e Nação o nosso grito de Liberdade. Não fazer de um encontro com 1822, uma mera causalidade. Em 1985 o nosso sonho de liberdade se foi mais uma vez, pois fomos roubado por um colégio eleitoral. Em noventa os cara pintada marcharam. E agora no inicio do século estamos cercado como nunca de políticos mal intencionado. As nossas letras de poetas choram lagrimas causada pela industria cultural. É a nossa liberdade? Essa eu nunca vi a sua cor.

10:49  

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