15.4.11

Da série anedotas do cerrado

Quando se está numa faixa de pedestres sem farol em Brasília, os carros param pra você passar. Isso consta no Código de Trânsito Brasileiro, mas em São Paulo ninguém nunca leu tal artigo. Voltando ao planalto central, na faixa tem uma placa dizendo: "Pedestre, dê sinal de vida". Pelo jeito, só andar não deve ser um sinal de vida, mas ainda não consegui descobrir se devo dar um tchauzinho, uma dançadinha, um duplo twist carpado ou fazer algum outro tipo de performance na hora de atravessar. O que tenho feito é atravessar com um certo remelexo no corpo, um gingado que eu queria ter mas não tenho, requebrando a cintura, o quadril e as sacolas. Algo do tipo "Morena D'Angola que leva um chocalho amarrado nas canelas". É, acho que dá a impressão de que estou viva. Pelo menos nenhum carro me atropelou ainda.

***

Flanando em Brasília e falando sozinha.
- E aqui, o que será que é?
- Não sei... Mas tem índios... (entonação de criança surpresa contando um segredo).
Era a sede da Funai.

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial